segunda-feira, 24 de maio de 2010

O desconhecido.

Chegou aos poucos como quem não quer nada, me olhou, sorriu-me e ganhou-me. Galanteador nato, ganhar-me não fora difícil. Conhecia sua fama, mas deixei-me envolver. Seu nome me era desconhecido.
O tempo foi passando e ele foi ficando e quanto mais ele estava ali mais eu o queria por ali.
Amoroso e educado, elegante e carismático, sedutor e protetor. Vez ou outra brigávamos e com o passar do tempo o "vez ou outra" tornava-se cada vez mais frequente. Estava cansada de discussões, gritos reprimidos, lágrimas, irritação, raiva e tristeza, pensava em por fim em tudo, mas era fraca de mais para isso, achava que o amor ideal era aquele no qual não há briga.
Ganhei um gatinho e pensei em colocar seu nome de "medinho", pois o medo havia tornado-se meu companheiro constante tal qual o gato pretendia ser.
De repente dei-me conta que depois de meses ainda não conhecia seu nome verdadeiro. Fui chegando perto dele e argumentei não saber seu nome, ele sorriu e me disse "Prazer, meu nome é Amor.", vieram a minha mente um milhão de perguntas e devo ter deixado isso transparecer em minha face, pois ele riu e olhou com os olhos de criança e explicou-me, "O Amor, pode trazer todas as coisas ruins em brigas, pode tornar o medo sua companhia constante, mas o amor só pretende o bem, o melhor."