quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Um mundo estranho e uma pequena
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Seja forte
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Pra ele :D
domingo, 12 de setembro de 2010
Buraco em meu peito
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Dizer
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Promessas, dividas eternas.
Uma voz, sussurrou ao meu ouvido...
- Lembra-se de quem prometeu que sempre estaria ao seu lado? Pois bem, olhe ao seu redor, confira se estão por lá...
Olhei ao redor e não vi, não vi os que haviam prometido nunca me abandonar, mas e as promessas feitas a mim de sempre estarem comigo? a voz me conhecia melhor do que eu própria, não precisei emitir som algum a voz retornou, respondendo a própria pergunta.
- Não estão ao seu lado né? Mas você também prometeu estar com eles, e entretanto, não está também, não é mesmo?
Dessa vez fez-se silêncio, a voz esperava uma resposta, mas as lágrimas por alguma estranha razão insistiam em vir à face e os soluços em sua companhia e eu insistia em conte-los formando um nó na garganta que me impedia a fala. Simplesmente fiz um gesto afirmativo com a cabeça.
- Acalme-se minha menina.- dizia a voz numa serenidade invejável – Procure no seu coração, essas pessoas ainda não estão ai? Se lhes procurarem não terá espaço e tempo para elas?
Mais uma vez fiz sinal afirmativo com a cabeça, me acalmando aos poucos, diminuindo o nó que havia se formado em minha garganta.
- Então, minha pequena. Saiba que se houve amor, como foi dito, seja ele qual for que tenha sido, amor de amigo, amor de companheiro e mesmo amor de pais. Sempre haverão de estar juntos e distancia alguma irá mudar isso.
Em meio a soluços e um nó menor na garganta, as palavras foram saindo, aos poucos
- Mas como saberei eu que foi real e não só palavras ao vento?
- Ligue, procure, se lhe cederem um pouco de seu tempo, saberás que foi real.
- Tenho medo de descobrir que nunca foi real. – os soluços ficavam mais fortes.
Nesse momento fechei meus olhos, com uma força extrema jamais feita antes, senti-me sendo abraçada e tendo meus cabelo acariciados, a voz agora sussurrava ao meu ouvido de uma forma tão doce...
- Não tenha medo, minha menina. As pessoas que lhe prometeram e as quais você também prometeu, podem ter a mesma vontade só que tem medo de arriscar, mas se elas arriscassem você não lhes cederia seu tempo?
Emiti um som afirmando que sim, e como garantia de que me entenderia afirmei novamente com a cabeça.
- Então, minha pequena. Vá, faça. E lembre-se não há felicidade que seja eterna, mas alegre-se também não há tristeza que dure pra sempre.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Vivendo e aprendendo ...
Abri os olhos e me vi na escuridão. Não conseguia distinguir nada a um palmo do meu próprio nariz, revirei-me procurando uma luz qualquer, ao fazer isso notei que estava amarrada, não sei bem quantas cordas me prendiam, mas eram muitas e quanto mais eu me revirava menos eu sabia o que fazer. Acalmei-me e deixei o silêncio me invadir. Veio-me uma lembrança de um pouco anterior a minha dormência, alguém me dizia para não entrar no tal quarto, pois eu sabia o que me esperava, mas eu estava ansiosa que nem dei ouvidos queria ver o quarto de perto, queria saber como era estar ali... Teimosia..
Reabri os olhos, tudo estava claro e então pude enxergar por uma imensa janela a beleza que estava do lado de fora, a beleza que eu tinha abandonado por motivo algum, olhei de volta para mim e vi que havia muitas cordas e inúmeros nós, pensei no trabalho que me daria desatar nó por nó, estava exausta, mas só de olhar janela a fora me dava um imenso ânimo, comecei a desatar nó por nó, uma ou duas vezes me enrolei mais do que me desenrolei, mas ao final consegui me soltar, me livrar de tudo, todas as cordas, todos os nós.
Procurei incessantemente por uma porta, estava desesperada por retomar a beleza que eu tinha e larguei, demorou, mas eu achei a tal porta, sai quase correndo por ela aspirando toda a beleza que fora dela estava e antes não recebia o devido valor.
Um senhor me esperava a alguns metros da porta e me observava parado, quase como se sorrisse, esperou que eu fizesse tudo que tinha vontade. Quando me dei conta de que ele estava ali parei repentinamente, será que ele havia visto tudo? A quanto tempo ele estava ali? Queria perguntar todas essas coisas pra ele, mas algo me impedia. Ao mesmo tempo em que ele tinha um magnetismo incrível, tinha um poder absurdo de fazer-te ficar calada. Fui me chegando perto dele sem nem ao menos notar, ele me sorriu de leve, não como um velho amigo faz, mas como um observador que diz é eu estou aqui e me disse “Todos somos suficientemente tolos para entrar em situações confusas, ainda que saibamos como elas são, mas só os que têm vontade conseguem dela sair.” As lagrimas me brotaram aos olhos, me arrependia de ter que ter vivido para entender essa lição, aos soluços a palavras foram saindo de minha boca sem que eu tivesse controle “Fui imensamente tola... Jamais deveria ter trocado...” ele não me deixou terminar, abraçou-me tal qual um pai faz e mais uma vez com sua voz firme e serena me disse “Acalma-te minha filha, só passamos pelas coisas que precisamos passar, aprendes-te a lição, siga sua vida, sem jamais olhar para trás.” deu-me um sorriso de paz e foi-se.